segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

PRINCIPAIS TEORIAS II. COMPORTAMENTALISMO



     No início dos anos 20 começou ficar em evidencia relatos de aprendizagens por condicionamento. Falava-se em influir sobre o comportamento com possibilidade de molda-lo conforme desejar tendo como enfoque o trabalho de Petrovich Pavlov que fazia estudo com cães. Porém isto tomou ênfase nos anos 60 com o surgimento de uma abordagem comportamental sistemática visando atuar sobre transtornos psiquiátrico.
    A abordagem comportamental ou behaviorista tem como prógono Edward Torndike e Jonh Watson. O primeiro teve suas pesquisas experimentais pautadas  em práticas educacionais, postulando que tudo é aprendizagem. Watson dá continuidade a este pensamento e alicerça uma teoria que foca o comportamento manifesto desconsiderando as experiências particulares de cada indivíduo e tudo o que não é mensurável, observável e replicável. Afirma com veemência:"Dê-me uma dúzia de crianças saudáveis, bem formadas, e meu próprio mundo especificado para criá-los e eu vou garantir a tomar qualquer uma ao acaso e treiná-lo para se transformar em qualquer tipo de especialista que eu selecione - advogado, médico, artista, comerciante-chefe, e, sim, mesmo mendigo e ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, habilidades, vocações e raça de seus antepassados". 
     Todavia, é com Burrhus Skinner, que a abordagem comportamental angaria espaço entre as correntes de pensamento na Psicologia. Logo, muitas variações foram estabelecidas, difundidas e hoje conta-se com uma gama de teorias, técnicas e métodos comportamentalistas, sempre tendo como centro a relação estímulo-resposta.
     Postula-se que toda ação tem um catalisador. E assim sendo, todo comportamento é aprendido e pode ser mudado com técnicas específicas. Denomina condicionamento o fator que molda ou modela o repertório comportamental. Este condicionamento acontece através de reforços que pode ser positivo ou negativo (ambos tem o termo negativo e positivo no sentido matemático), o primeiro é quando se acrescenta algo, independente de ser agradável ou aversivo; o segundo é quando se priva de um estímulo gratificante ou desejado. O processo de modelagem se dá através do condicionamento operante onde as ações são voluntárias. Há um repertório de reforçadores sistematizado para induzir a um determinado comportamento. 
      O grande mérito desta abordagem é ser  indicada e efetiva em casos como o Transtorno obsessivo compulsivo, fobias, pânico, dificuldade de relacionamento e afins. E a critica recebida das outras teorias é por assemelhar o ser humano a uma máquina programável, ou como um cão a ser adestrado e também por trabalhar questões fechadas e não a pessoa em sua total
      O meio pelo qual o terapeuta comportamental ajuda o paciente é por funções reforçadoras, discriminativas e eliciadoras, ele deve prestar atenção nos comportamentos clinicamente relevantes, evocar estes comportamentos, os reforçar, observar os efeitos e interpretar as variáveis que afetam o comportamento do paciente. Ou seja, o objetivo do psicólogo comportamental é extinguir os comportamentos achados inadequados os substituindo por padrões comportamentais bem aceitos e que não provoquem ansiedade no sujeito.

Psicóloga Katree Zuanazzi
CRP 08\17070

Artigo publicado no Jornal de Notícias impresso “A Folha de Saltinho” no dia 01-02-2014. Também disponível nos sites www.saltinhoweb.com e www.afsaltinho.com.br

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