terça-feira, 27 de novembro de 2012

AUTOESTIMA EM FOCO: APREÇO A QUEM SE É


No âmago da existência humana se encontra a questão de indagar sobre quem se é, e que valor é atribuído a o que se é. Essa imagem que cada um formula a respeito de seu ser é estruturada através de julgamentos que partem da expressão do social e que, no entanto, é introjetado e constitui a personalidade. De todos os julgamentos que se faz, nenhum é tão importante como o que se faz sobre si mesmo.
Partindo do autoconceito sendo este uma estrutura cognitiva, uma crença em relação a quem se é a autoestima, em contrapartida, é uma reação afetiva, uma avaliação referente a esta crença estipulada. Entendida como o valor que o sujeito atribui a sua subjetividade e o perpetua através das relações vivenciadas, a autoestima faz alusão à forma como o indivíduo elenca suas metas, aceita a si mesmo e a imagem que representa, valoriza suas características singulares e projeta suas expectativas. É um sentimento integrado ao longo da vida por meio das contingências oriunda das relações interpessoais, ou seja, uma construção de aprovação ou desaprovação autoimputada.
   Representa forte influência sobre a qualidade de vida, sendo uma necessidade básica do ser humano diante das vicissitudes da vida. Propicia uma adaptação saudável ao meio e integração do sujeito como pessoa e, seu nível repercutirá nas relações no trabalho, família, como lidar com as pessoas, como reagir, podendo até mesmo prever um prognóstico da realização pessoal.
Há quem diga que a autoestima é fomentada por situações apetecíveis em algumas áreas da vida, como poder aquisitivo, engajamento social, erudição, beleza física, sexo, ocorrência de algum marco como casamento, nascimento dos filhos, aquisição de bens ou qualquer outro evento que seja considerado desejável. Não tem como negar que certos atributos proporcionam alguma vantagem pelo fato de fazerem as pessoas se sentirem melhor no momento em que os provam e/ou mais seguras frente a determinadas situações. Todavia seria um equivoco afirmar que a autoestima parte da questão do conforto de que se desfruta. Ela não é uma condição humana e sim um eterno vir-a-ser.
Ter autoestima elevada significa se perceber, ter clareza dos próprios limites, se responsabilizar pela vida que leva, agir ativamente no próprio destino, confiar em si mesmo e não viver em função dos outros. Autoestima é algo extremamente particular.
“Todas as maravilhas de que precisas estão dentro de ti” disse Sir Thomas Browne.
Uma auto-estima adequada proporcionará uma reposta adaptativa diante dessas dificuldades e aumento da capacidade de reagir a eventos externos. Quanto maior contato consigo mesmo e com o meio circundante, melhor as respostas de adaptação, mais se desenvolverão as potencialidades. Para se ter uma autoestima saudável se faz necessário primeiramente que se conheça bem, que experiencie continuamente coisas novas, que passe a se enxergar como um ser com limitações e também com possibilidades, que é livre para criar a própria realidade.
Katree Zuanazzi

Artigo publicado no Jornal de Notícias impresso “A Folha de Saltinho” no dia 20-08-2011. 

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